O fim.

Este é um blogue com uma 'morte' anunciada. Afinal, se serviria para registar a aventura de uma campanha, terminaria com a mesma.

A campanha terminou com as eleições, já lá vão quase 5 semanas, e no entretanto tudo foi encontrando ou reencontrando, o seu lugar.

À distância permito-me voltar a olhar o que foi a campanha e o que foi o seu resultado.

A campanha foi um tempo de aprendizagem e de desafio intensos. Aprendizagem sobre mim, sobre os outros, sobre as coisas, sobre a cidade e o concelho. O desafio de pensar para agir.

O resultado (imediato e tangível) foi positivo, afinal cumprimos o objectivo e ainda nos surpreendemos com a largueza com que o fizemos.

No fim do blogue e no fim da campanha continuo a achar que Portalegre vale muito a pena, continuo tão apaixonada pela minha cidade como sempre. Continuo, no entanto, angustiada: o equílibrio foi, de alguma forma, reposto mas parte do peso dessa responsabilidade também me cabe a mim.

A foice verdadeira

"(...) é muito difícil de ver e a gente às vezes engana-se. É que há lá outro partido com a foice, mas não é a verdadeira."

A Campanhar II

Segundo a P., eu não teria qualquer jeito para 'campanhar'. Efectivamente não tenho muito: sou pouco simpática e a indução ao (sugestão de) voto não me é fácil.

Em dois dias e meio palmilhámos pouco mais de 3 freguesias. Passámos em todas as ruas, assomámo-nos a cada postigo aberto. Falámos com quanta gente se cruzou connosco. Ouvimos muito, vimos muito. Tínhamos pouco para dar, um jornal, uns cartoons e algumas canetas. Nada mais.

Pensei que conhecia a minha cidade e o meu concelho, descobri que conheço, mas pouco. Há mais ruas do que as que pensava haver e menos gente do que pensava existir.

A indução ao voto não me é fácil, no entanto é-me muito fácil dizer "este é o nosso programa, é assim que queremos trabalhar, é desta forma que queremos fazer as coisas. Estes somos nós e estamos aqui prontos a trabalhar."

A Campanhar

© Luís Calado iPhone

Campanha à distância

A campanha já começou, oficialmente. Aparentemente, a sala que ontem ouviu as nossas propostas, estava cheia.
Acompanho e acompanharei, durante alguns dias, todo este processo à distância. À distância de um tweet, de um post, de um telefonema.
O estado 'dá dias' é certo, mas não faz o meu serviço.

O que realmente interessa

Princípios orientadores de uma política para o sector cultural.

Não me apetece

Não me apetece votar nas legislativas. Não me apetece.

Não me apetece continuar a ouvir os argumentos das partes envolvidas. Não me apetece continuar a ouvir argumentos facciosos e cheios de retórica, para 'inglês ver'.

Gostava que os nossos candidatos a 'primeiro' estivessem mais interessados em apresentar um plano construtivo para o país (um plano que fosse além dos quatro suspeitos - TGV, reformas, educação, saúde), do que em brincar aos duelos, agora "ganhas tu e depois eu", "ah, e se calhar empataram...".

Não me apetece votar.