Na crónica de Rui Tavares, no Público de hoje - que por inépcia informática ou qualquer outra razão não consigo aqui linkar -, reflecte-se sobre esse assombro que toma os indivíduos e os transforma em seres competivos movidos apenas pela vontade de ganhar.
Aos 15 (16?) anos tive uma breve incursão na vida política, movida por ideologias, educação e ingenuidade. Lembro-me do choque de, numa reunião da 'jota', ter descoberto que ganhar significava simplesmente não deixar que os outros o fizessem. Hoje olho para trás e penso que só a ingenuidade justifica o choque.
Desde então desacreditei na política mas não na 'política'. Procurei novas formas de agir e de ser interveniente no espaço que é de todos. Não acredito que a política se esgote em partidos ou ideologias, acredito em gente e acredito em trabalho. Acredito que é possível mudar as coisas e que me será possível lutar contra o ímpeto que é ganhar a todo o custo.
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Há 10 anos
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